Incontinência urinária feminina Perda involuntária de urina na mulher
A incontinência urinária é uma perda involuntária de urina que pode ter graves consequências na qualidade de vida da mulher, a nível social, profissional e sexual. 10 a 20% das mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos e 40% com mais de 60 anos podem ser afectadas por esta condição.
Apesar de atingir com tanta frequência a mulher, só uma minoria (cerca de 30%) procura conselho médico. Erradamente, considera-se que a incontinência urinária é própria da idade, e que o tratamento é ineficaz ou complicado, quando quase todas as situações têm hoje cura.
Existem dois tipos principais: a incontinência urinária de esforço e a incontinência urinária de urgência (Síndrome da bexiga hiperactiva). Os dois tipos podem existir associados, designando-se assim por incontinência urinária mista.
Na incontinência urinária de esforço, a perda de urina é simultânea com o tossir, espirrar, rir, correr, levantar pesos. Este tipo de incontinência, que acontece por hipermobilidade da uretra, é devida à gravidez e ao parto, a alterações hormonais e à idade.
Na bexiga hiperactiva, existe uma vontade súbita e imperiosa para urinar, muitas vezes associada a perdas de urina e ao aumento da frequência urinária. A causa é desconhecida na maioria das doentes.
Os tratamentos são diversos e são devidamente seleccionados para cada caso clínico. Existem terapêuticas conservadoras (modificação comportamental, exercícios pélvicos, electroestimulação e biofeedback), medicamentos que diminuem as contracções da bexiga e procedimentos cirúrgicos simples.