Cólica Renal Dor intensa por acumulação de urina no rim
A cólica renal surge quando um cálculo urinário (pedra) se desloca do rim para a bexiga ao longo do ureter e provoca obstrução do normal fluxo da urina.
A acumulação de urina no interior do rim leva à sua dilatação, o que provoca dor.
A cólica renal é caracterizada pelo aparecimento súbito de dor intensa localizada habitualmente na região lombar. É uma dor que não alivia com qualquer posição e pode irradiar para a região inguinal. Pode ser acompanhada por náuseas e vómitos.
Na fase aguda, e enquanto não for obtida assistência médica, é aconselhado ingerir poucos líquidos, de forma a evitar a produção de urina, e realizar calor húmido ou banho quente para alívio da dor.
É fundamental a correta e atempada avaliação dos doentes com cólica renal, de modo a distinguir em segurança quais os que beneficiam de terapêutica médica daqueles que necessitam de intervenção cirúrgica eletiva ou urgente/emergente.
Para melhor caracterização do quadro clínico pode ser indicada a realização de exames que podem incluir análises laboratoriais, ecografia do rim e ecografia da bexiga, radiografia do aparelho urinário ou tomografia computorizada abdominal e pélvica.
Nos casos mais simples, cálculos mais pequenos poderão ser eliminados através da urina, sendo a eliminação monitorizada e eventualmente facilitada com medicação.
Quando a cólica renal é complicada, por infeção ou alteração do funcionamento dos rins, pode ser urgente a resolução rápida da obstrução, de modo a evitar complicações que podem ser graves ou fatais.
Se os cálculos forem volumosos e/ou persistirem no ureter, impõe-se a sua remoção ativa. Existem várias formas de tratamento para o fazer:
- Quimiodissolução, que consiste na dissolução dos cálculos com medicamentos;
- LEOC (Litotrícia Extracorporal por Ondas de Choque), que consiste na emissão de múltiplas ondas de choque focadas nos cálculos, promovendo a sua fragmentação;
- RIRS (Cirurgia intrarrenal retrógrada) ou Ureterolitoextracção, cirurgia endoscópica que consiste na introdução através das vias urinárias de aparelhos de reduzido calibre – ureterorrenoscópios semirrígidos ou flexíveis – de modo a fragmentar os cálculos com energia LASER;
- Cirurgia percutânea, que consiste na remoção ou fragmentação direta de cálculos renais mais volumosos através de um acesso direto ao rim com uma pequena incisão na região lombar;
- Cirurgia clássica ou por via laparoscópica, em casos raros e muito selecionados.