Tabagismo Dependência do tabaco
A história do tabaco remonta há mais de 2000 anos. Os Maias consideravam o tabaco representante de Deus na Terra, pelo prazer e efeitos de bem-estar que produzia. Chegou a ser indicada pelos médicos da época para o tratamento da asma e das enxaquecas.
O tabaco é uma planta psicoactiva, dá dependência e habituação superior á cocaína, opiáceos e anfetaminas, cuja falta causa sintomas de privação (mal estar, dores de cabeça, tonturas, tristeza, ansiedade dificuldade de concentração e distúrbios do sono), que dificultam a interrupção do hábito.
Mas... o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo e, apesar de ser utilizado há séculos, só recentemente se começaram a conhecer os malefícios do tabaco, não só nos fumadores mas também nas pessoas expostas ao fumo, nomeadamente as crianças.
Mesmo que não esteja a fumar, continua a libertar monóxido de carbono, que existe no seu ar expirado e que vai ser inalado pelas crianças ou adultos que estejam á sua volta, tornando-os fumadores passivos, com possibilidade de terem as mesmas consequências na saúde como os fumadores activos.
Apesar de a maior preocupação dos fumadores ser o cancro do pulmão, outras doenças relacionadas com o tabagismo são altamente limitantes e condicionam a qualidade de vida, como é o caso da doença pulmonar obstrutiva crónica conhecida como DPOC. Para além das doenças respiratórias, também a doença coronária, hipertensão arterial, e mesmo morte súbita, têm sido descritas em fumadores com mais de 20 cigarros por dia. O tabagismo está também associado a doenças do aparelho digestivo (gastrite, refluxo gastro-esofágico), do aparelho reprodutor feminino (diminuição da fertilidade e menopausa precoce), do sistema nervoso central, acidentes vasculares cerebrais e toda a patologia vascular, quer arterial quer venosa. Por fim, o efeito altamente cancerígeno do cigarro, não só a nível do aparelho respiratório, mas também do aparelho digestivo (cavidade oral, esófago, estômago, pâncreas), do aparelho urinário (bexiga, rim) e da mama.
O tabaco é responsável por 90 por cento das mortes por cancro do pulmão, 25 por cento das mortes por doença coronária e 85 por cento das mortes por DPOC.
Segundo a OMS, por ano, cinco milhões de pessoas perdem a vida, devido a doenças provocadas pelo tabaco, mais do que a soma das mortes por SIDA, cocaína, heroína, álcool e acidentes de trânsito. Metade destas mortes ocorre entre os 35 e os 69 anos.
O tabagismo, para além de ser factor de risco para várias doenças é considerado por si mesmo uma doença crónica com recaídas, que requer aconselhamento médico e apoio terapêutico.
Através da Consulta de Cessação tabágica, poderá desenvolver, em conjunto com o seu clínico, um programa personalizado para deixar de fumar, anulando todos os riscos associados.
Existem hoje diversas terapêuticas, quer famacológicas quer psicológicas, que ajudam a ultrapassar este problema com mais facilidade.
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