Quisto renal Lesões renais císticas

Os quistos renais são as lesões renais benignas mais frequentes, representando cerca de 70%

das lesões renais assintomáticas.


Apesar de, em alguns casos, a presença de quistos renais estar relacionada com síndromes de transmissão familiar ou genética, na grande maioria dos casos não apresentam qualquer padrão hereditário (quistos simples).

A incidência de quistos renais aumenta com a idade, sendo mais frequentes no sexo masculino e em pessoas com hipertensão arterial ou com insuficiência renal.


Apenas os quistos renais de grandes dimensões podem estar associados a sintomas, como dor lombar, dor abdominal ou sensação de enfartamento, que ocorrem devido à compressão de órgãos adjacentes.

Raramente, os quistos renais podem tornar-se evidentes pelo desenvolvimento de processos infecciosos ou após um traumatismo que conduza à sua rotura ou hemorragia.

Na realidade, a grande maioria dos quistos renais não está associada a qualquer sintoma, pelo que o seu diagnóstico ocorre habitualmente durante a realização de um exame complementar, habitualmente uma ecografia, efetuado para investigação de outra patologia.


A maioria dos quistos renais apresenta características benignas, sendo por isso consideradas quistos renais simples. Apesar de ser um acontecimento raro, alguns quistos renais são na realidade neoplasias malignas. Por este motivo, perante a identificação de um quisto renal, é importante avaliar as suas características imagiológicas, de forma a perceber o seu potencial de malignidade.


Perante quistos renais simples, o diagnóstico baseia-se unicamente na avaliação por ecografia, não sendo habitualmente necessário qualquer tipo de tratamento.

Por outro lado, perante quistos renais complexos, que apresentam características suspeitas, é habitualmente necessária a realização de exames adicionais, como a tomografia computorizada com contraste ou a ressonância magnética, de forma a avaliar o seu potencial de malignidade.

Os quistos renais complexos requerem vigilância regular e podem até necessitar de tratamento cirúrgico, pelo risco de se tratarem de neoplasias malignas (marsupialização do quisto, tumorectomia, nefrectomia parcial ou nefrectomia radical).

Notas

1 — Os artigos publicados nesta biblioteca pretendem ser um meio de informação suplementar ao paciente e não substituem, de forma alguma, a consulta de um médico especialista que analise o seu caso específico;

2 — Os artigos publicados foram produzidos por especialistas que se baseiam nas recomendações e Guidelines de prática clínica da Associação Europeia de Urologia (EAU), à data da última revisão;

3 — Esta biblioteca encontra-se em processo de formatação para certificação pela HONcode Foundation (http://www.healthonnet.org/HONcode/Conduct.html);