Carcinoma de células renais Cancro do Rim
O carcinoma de células renais, o subtipo mais frequente de tumor renal, corresponde a cerca de 3% de todas as neoplasias da idade adulta, sendo uma das neoplasias urológicas mais agressivas. O pico de incidência é na sexta década de vida.
Os principais fatores de risco identificados são o tabagismo, a obesidade e a hipertensão arterial. O casos de transmissão hereditária são pouco frequentes mas condicionam um risco significativo.
A grande maioria dos tumores renais é identificado numa fase assintomática, de forma incidental, devido ao uso de exames de imagem para estudo de outras patologias. A presença de sintomas pode ser derivada do crescimento local, de síndromes paraneoplásicos ou do desenvolvimento de metástases à distância.
Na grande maioria dos casos, o diagnóstico e estadiamento dos tumores renais é efetuado com tomografia computorizada com contraste, apesar de suspeitas precoces poderem ser levantadas por ecografia renal. Em alguns casos pode estar recomendada a realização de biópsias.
O tratamento do tumor renal localizado é cirúrgico (nefrectomia parcial ou radical), enquanto que o tumor renal localmente avançado ou mestastizado requer habitualmente o recurso a terapêuticas sistémicas como a imunoterapia.
O principal fator prognóstico é o estadio da doença aquando do diagnóstico: embora a doença localizada apresente um prognóstico bastante favorável após tratamento cirúrgico, a doença localmente avançada ou metastizada está associada a prognósticos reservados apesar da utilização de tratamentos sistémicos.