Ressonância Magnética (RM) Imagiologia por rádiofrequência e campo magnético

Apesar da tomografia computorizada (TAC) ser o exame de imagem maioritariamente utilizado na investigação diagnóstica em Urologia (a par da ecografia), a ressonância magnética tem vindo a assumir uma maior importância na avaliação imagiológica génito-urinária, à medida que a qualidade da sua resolução tem vindo a aumentar.


A grande vantagem desta técnica é que, mesmo dispensando totalmente a utilização de radiação ionizante, bem como, em muitas situações, a utilização de contraste endovenoso, obtém-se uma excelente resolução do sinal de contraste nos tecidos moles. sendo a técnica de eleição para doentes grávidas, insuficientes renais ou com alergia ao contraste iodado.


Trata-se de um exame de imagem que se baseia numa tecnologia complexa. Resumidamente, para a obtenção de imagens RM, é necessária a exposição a um campo magnético com elevada força, permitindo a orientação dos protões das moléculas de água livre, existente nas células do paciente a examinar, de acordo com um eixo orientado da cabeça para os pés – este é o motivo para o “túnel” onde se encontra o posicionador, onde é colocado o doente. Esse túnel é envolvido por um íman de grandes dimensões e muito potente. Colocando uma antena de radiofrequência sobre a área do corpo a estudar, são emitidos pulsos de radiofrequência que atravessam o organismo. Quando esta emissão é interrompida, os protões das moléculas de água libertam a sua energia, que é detectada e processada, dando origem às imagens de RM.

Essas imagens são diferenciais pela forma como a energia é libertada, isto é, de forma rápida ou lenta, sendo imagens em que o conteúdo de água aparece claro ou escuro, respectivamente.


As principais desvantagens, face à TAC, são a maior duração do exame, o ruído elevado, a sensação de confinamento num espaço apertado, que pode desencadear claustrofobia, e a incompatibilidade de utilização em doentes com alguns tipos de material implantado, como algumas próteses e alguns tipos de pacemakers.

Notas

1 — Os artigos publicados nesta biblioteca pretendem ser um meio de informação suplementar ao paciente e não substituem, de forma alguma, a consulta de um médico especialista que analise o seu caso específico;

2 — Os artigos publicados foram produzidos por especialistas que se baseiam nas recomendações e Guidelines de prática clínica da Associação Europeia de Urologia (EAU), à data da última revisão;

3 — Esta biblioteca encontra-se em processo de formatação para certificação pela HONcode Foundation (http://www.healthonnet.org/HONcode/Conduct.html);