Disfunção da líbido masculina Diminuição de desejo sexual no homem
O Desejo sexual hipoactivo caracteriza-se pela diminuição ou ausência, persistente ou recorrente, de pensamentos sexuais e eróticos, fantasias ou desejo de actividade sexual. Assume-se perturbação clinicamente significativa do indivíduo com sintomas por um período de pelo menos 6 meses de duração.
Esta condição pode ser adquirida ou primária, generalizada ou situacional, e ligeira, moderada ou grave.
A prevalência varia entre 3 a 50% consoante a literatura. Com o envelhecimento ocorre um natural declínio do desejo sexual, capacidade e frequência da actividade sexual. Os níveis de interesse sexual num homem são relativamente estáveis desde o início da idade adulta até perto dos 60 anos, a partir dos quais naturalmente diminuem. Esta situação pode coexistir com outras alterações como a disfunção eréctil ou depressão.
O desejo sexual é influenciado por determinantes biológicos, factores cognitivos, psicológicos e pela dimensão relacional/conjugal.
A diminuição do desejo sexual em relação a um único parceiro não é uma disfunção sexual, mas um problema relacional.
São várias as situações ou condições que podem determinar ou agravar uma perturbação do desejo sexual. Doenças psiquiátricas ( depressão, ansiedade, psicose); doenças endócrinas ( hipogonadismo, hipotiroidismo, hiperprolactinémia); doenças sistémicas ( doença renal ou hepática crónica, doenças hematológicas ou reumatológicas).
Noutros casos pode estar relacionado com problemas laborais, familiares ou conjugais e pode ser influenciado por factores culturais ou religiosos.
A nível relacional pode ainda ser afectado por alterações na(o) parceira(o) (disfunção sexual ou doença crónica, por exemplo).
São várias as substâncias que podem influenciar e reduzir o desejo sexual: álcool, opióides, anfetaminas, cocaína. Também outros fármacos como antidepressivos, anti-psicóticos ou fármacos que interfiram com a produção de androgénios.
As principais causas, actualmente, para disfunções do desejo sexual são a depressão e o seu tratamento, o stress do trabalho e da vida familiar ou casos de disfunção eréctil de longa data.
A abordagem diagnóstica passa por uma história clínica pessoal, sexual, familiar e medicamentosa, um exame físico e doseamentos hormonais.
O tratamento é variável e pode passar por ajustes nos hábitos de consumo de substâncias ou medicamentos, terapêutica hormonal, psicoterapia sexual ou terapia de casal.